sexta-feira, 31 de agosto de 2007




Relativa estabilidade da ocupação e pequena redução do desemprego



A taxa média de desemprego apresentou pequena queda em julho, no conjunto de regiões onde o DIEESE e a Fundação Seade realizam - em parceria com instituições e governos locais e apoio do Ministério do Trabalho e Emprego - a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) . A taxa, no último mês, ficou em 15,7%, contra 15,9%, em junho.
No conjunto de regiões pesquisadas - as áreas metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e mais o Distrito Federal - foram gerados, em junho, 45 mil empregos - volume bem menor que o aberto no mês anterior (196 mil). Mesmo assim, foi suficiente para atender ao crescimento da População Economicamente Ativa (mais 18 mil pessoas) e para reduzir em 27 mil indivíduos o contingente de desempregados. O total de pessoas procurando emprego, nas regiões pesquisadas, soma 3.043.000. Em comparação com julho de 2006 - quando a taxa de desemprego correspondia a 17,3% - são 228 mil desempregados a menos.
A Indústria foi o setor responsável pela geração do maior número de empregos em julho (60 mil). Construção Civil (16 mil), Comércio (7 mil) e Outros Setores (5 mil) também tiveram desempenho positivo, enquanto os Serviços desativaram 43 mil postos de trabalho. Em comparação com julho de 2006, todos os setores apresentaram crescimento no total de postos, com destaque para os Serviços - 346 mil ocupações, com aumento de 4,1% - e Comércio - 125 mil empregos, incremento de 4,9%. Na relação anual, o total de ocupados teve acréscimo de 612 mil indivíduos, e soma agora 16.279 mil pessoas.
Em julho, no conjunto das regiões, foram gerados 41 mil empregos com carteira assinada, no setor privado, o que corresponde a um aumento de 0,6%. Em comparação com julho do ano passado, o incremento chega a 7,6% (498 mil empregos). Por outro lado, no último mês foram abertas 35 mil vagas de assalariados sem carteira (aumento de 2,0%), mas na comparação com igual mês, em 2006, há uma redução de 1,7% neste tipo de ocupação (31 mil ocupados a menos).
Entre maio e junho de 2007, o rendimento médio real dos ocupados recuou 0,5%, ficando em R$ 1.052, enquanto o salário médio diminuiu 1,1%, e corresponde a R$ 1.126. Na comparação anual, porém, o rendimento médio real dos ocupados aumentou 2,3%. (Clique PED metropolitana para ler os dados do conjunto das regiões pesquisadas.)
Comportamento das regiões
Com exceção da região metropolitana de São Paulo - onde a taxa de desemprego manteve-se relativamente estável, variando de 14,9%, em junho para 15,0%, em agosto, os demais locais pesquisados registraram redução nas taxas de desemprego no último mês. Em comparação com julho de 2006 - quando a taxa da Grande São Paulo estava em 16,7% - a taxa de desemprego registrou forte recuo, de 10,2%. A região metropolitana de Porto Alegre apresentou, proporcionalmente, a maior redução da taxa (-4,2%) na comparação mensal, uma vez que ela passou de 14,4%, em junho, para 13,8%, em julho. Na comparação com julho de 2006 (taxa de 14,9%), a redução é de 7,4%. Na Grande Belo Horizonte, a taxa de desemprego passou de 12,7%, em junho, para 12,3%, em julho, com uma diminuição de 3,1%. Em relação a julho do ano passado - quando a taxa era de 14,0% - a redução alcança 12,1%. No Distrito Federal, em julho, a taxa de desemprego ficou em 17,7%, contra 18,1%, em junho e 18,0%, em julho de 2006. Em outras palavras, a taxa reduziu-se 2,2%, no mês e 1,7%, em um ano. Na região metropolitana de Salvador, a taxa de desemprego, em julho, ficou em 21,5%, com uma queda de 2,3% em relação a junho (22,0%) e de 10,0% em comparação com o ano passado (23,9%). A taxa de desemprego, na Grande Recife ficou, em julho, em 20,3%, enquanto em junho correspondia a 20,5% (redução de 1,0%). Em comparação com julho do ano passado - quando a taxa de desemprego estava em 21,0% -, a diminuição foi de 3,3%.




Acesse também: http://www.dieese.org.br/

Nenhum comentário: