quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Bonecos de todo o Brasil estarão em Aracaju

Depois de passar por Recife e Salvador o Projeto Sesi Bonecos do Brasil chega esta semana a Aracaju. A iniciativa é mostrar o que há de melhor no teatro de animação do Brasil. Neste sábado, 22, e no domingo, 23, o público de Sergipe poderá conferir na praça de eventos da Orla, sempre a partir das 16h30, espetáculos teatrais, desfile e feira de bonecos, exposição, entre outras atrações.




No total serão 13 atrações de oito Estados brasileiros. Representando o teatro sergipano, o Imbuaça apresentará o espetáculo ‘Teatro Chamado Cordel’. Para o ator e um dos fundadores do grupo, Lindolfo Amaral, um evento como esse é uma excelente possibilidade de troca de experiências. “Grupos de fora vêm e assistem ao nosso trabalho e nós ao deles, isso é muito importante para Sergipe e o Brasil”.




Ele explica que apesar do Imbuaça não ser um grupo reconhecido pelo trabalho com bonecos, vez por outra eles são inseridos nos espetáculos, como em ‘Os Desvalidos’. Em ‘Teatro Chamado Cordel’, espetáculo encenado há mais de 30 anos, que será apresentado às 17h do sábado, 22, haverá a inserção de bonecos. “Iremos apresentar um versão diferente do que o público está acostumado a ver”, ressalta.





A também integrante do Imbuaça, Isabel Santos, caracteriza o projeto Sesi Bonecos do Brasil como “grandiosíssimo”. O projeto vem a Aracaju pela segunda vez, a primeira foi em 2004, e para a atriz “esta é uma oportunidade única, principalmente porque a cidade de Aracaju é carente em grandes eventos de teatro de rua”.






Exposição do Giramundo mostra um pouco do trabalho do grupo Dentro da programação do projeto, ela destaca a presença do grupo Giramundo e dá a dica para o público não deixar de conferir a exposição alusiva aos 38 anos do grupo mineiro, um dos mais conceituados do País no gênero teatro de Bonecos. Desde segunda-feira, 17, um dos integrantes do grupo, Marcos Malafaia, ministra uma oficina de confecção de bonecos para um público de artistas, estudantes e interessados no tema.




Boneco não é só coisa de criança.



A estudiosa do folclore e manifestações populares Aglaé Fontes de Alencar, também destaca a importância do evento por conta das possibilidades de intercâmbio e pelo valor cultural. Para ela essa será uma excelente oportunidade para desmistificar a idéia errada e “simplificada” de que “teatro de bonecos é coisa de criança”. “A técnica é sofisticadíssima e com ela é possível representar até Shakespeare”, destaca.



Desfile de bonecos gigantes também será atração do evento.


Aglaé, já escreveu diversas peças para serem interpretadas pelo grupo sergipano Mamulengo do Cheiroso, referência no teatro de bonecos de Sergipe. Segundo ela, para o ator é mais difícil realizar espetáculos deste tipo, porque requer três coisas indispensáveis: a construção do boneco, a manipulação e a montagem do espetáculo. “Uma coisa é você trabalhar com seu próprio corpo, outra coisa é o boneco. É preciso dar vida ao que não tem vida”, ressalta.



Durante esses dois dias, o público sergipano terá a oportunidade única de conferir de perto a magia dos bonecos e um pouco do trabalho dos mais expressivos artistas do país na arte de manipulação de fantoches, marionetes, varas, entre outras técnicas. A entrada é gratuita. Vale a pena conferir.

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