
Experiência de gestão na educação pública municipal não tem levado em conta as novas necessidades apontadas pelos novos tempos, que inevitável, bateram as nossas portas.
Por Claudomir Tavares* claudomir@infonet.com.br
No auge de sua insofismável inteligência o cantor cearense Belchior disse em uma de suas inimitáveis canções que ‘o novo sempre vêm’. Os professores de Pirambu, por sua vez aprenderam que ‘os alunos de hoje não são como os de 30 anos atrás, mas que eles não podem, também, ter o comportamento dos profissionais de 30 anos atrás’, reforçando um jargão bastante conhecido no estudo da História da Educação.
Devemos sim, aprender com as lições daqueles mestres que nos antecederam, mas sermos seletivos e ‘deletar’ aqueles comportamentos que já não condizem com aos tempos que respiramos na construção de uma escola pública, democrática, cidadã e de qualidade social.
Não devemos admitir, sob qualquer hipótese, que a educação seja tratada como uma propriedade privada e que professores, alunos, funcionários, coordenação, direção, sejam privados de liberdade, autonomia, de direitos inalienáveis, conquistados através de labuta diária ou de atitudes tomadas a partir da necessidade de imprimir um ritmo diferente e prá frente em sua organização.
Aqui em Pirambu, aos poucos, estamos vencendo desafios históricos, mas as barras da resistência e visões tacanhas tem impedido ações que promovam uma educação libertadora, como prevê o brasileiro Paulo Freire ou de ações competentes, previstas nas contribuições do francês Phillipe Pherrenoud.
Aqui não declinar dos atores sociais que tem emperrado os avanços da educação municipal, devendo os mesmos vestirem o que chamaremos de ‘carapuça’, nem vamos taxá-los em definitivo de adjetivos impronunciáveis, mas alguns fatos devem se constituir em parâmetros a serem observados. Um deles foi à forma inadmissível como o professor Diógenes Almeida, destacado profissional do ensino na disciplina Geografia, com uma produção pedagógica baseada na autonomia paulofreiana, foi arrancado da sala de aula, deixando órfãos, privados, parte significada de estudantes da Escola Municipal Mário Trindade Cruz que já haviam se habituado ao seu comportamento como professor que ralou muito para conquistar seu espaço.
A insatisfação contra atos patrocinados por setores da ex-equipe da intervenção provocou estragos que deixaram chagas inapagáveis (será?) na educação pública municipal, que não foram sanadas pelos que os sucederam.
A exigência, sem qualquer base legal, de assinatura de ponto por professores, cujo controle deverá se dar através da verificação da freqüência, assiduidade e pontualidade, mostra pelo menos desorganização, ou na pior das hipóteses, a falta de vontade política em promover o rompimento com procedimentos arcaicos. Poderiam sim, adotar a implementação de um RAP – Registro de Assiduidade e Pontualidade, o que seriam feito pelos profissionais responsáveis, conforme tem sido feito, por exemplo, na rede estadual de ensino, não só em Pirambu, como em todo Sergipe.
A falta de autonomia, de liberdade, de democracia, de vontade no amanhã, tem sido um entrave para a construção de uma escola nos moldes que sonhamos, acreditamos e, com muita resistência, iremos construir, não deixando, naturalmente, de admitir que erros temos cometidos, e que precisamos, de forma fraterna, corrigi-los coletivamente, aprendendo uns com os outros. Com relação a isso temos a humildade e a compreensão necessária, afinal, somos parte desta engrenagem e complexidade que é a escola pública que historicamente temos tentado estimular.
Devemos sim, aprender com as lições daqueles mestres que nos antecederam, mas sermos seletivos e ‘deletar’ aqueles comportamentos que já não condizem com aos tempos que respiramos na construção de uma escola pública, democrática, cidadã e de qualidade social.
Não devemos admitir, sob qualquer hipótese, que a educação seja tratada como uma propriedade privada e que professores, alunos, funcionários, coordenação, direção, sejam privados de liberdade, autonomia, de direitos inalienáveis, conquistados através de labuta diária ou de atitudes tomadas a partir da necessidade de imprimir um ritmo diferente e prá frente em sua organização.
Aqui em Pirambu, aos poucos, estamos vencendo desafios históricos, mas as barras da resistência e visões tacanhas tem impedido ações que promovam uma educação libertadora, como prevê o brasileiro Paulo Freire ou de ações competentes, previstas nas contribuições do francês Phillipe Pherrenoud.
Aqui não declinar dos atores sociais que tem emperrado os avanços da educação municipal, devendo os mesmos vestirem o que chamaremos de ‘carapuça’, nem vamos taxá-los em definitivo de adjetivos impronunciáveis, mas alguns fatos devem se constituir em parâmetros a serem observados. Um deles foi à forma inadmissível como o professor Diógenes Almeida, destacado profissional do ensino na disciplina Geografia, com uma produção pedagógica baseada na autonomia paulofreiana, foi arrancado da sala de aula, deixando órfãos, privados, parte significada de estudantes da Escola Municipal Mário Trindade Cruz que já haviam se habituado ao seu comportamento como professor que ralou muito para conquistar seu espaço.
A insatisfação contra atos patrocinados por setores da ex-equipe da intervenção provocou estragos que deixaram chagas inapagáveis (será?) na educação pública municipal, que não foram sanadas pelos que os sucederam.
A exigência, sem qualquer base legal, de assinatura de ponto por professores, cujo controle deverá se dar através da verificação da freqüência, assiduidade e pontualidade, mostra pelo menos desorganização, ou na pior das hipóteses, a falta de vontade política em promover o rompimento com procedimentos arcaicos. Poderiam sim, adotar a implementação de um RAP – Registro de Assiduidade e Pontualidade, o que seriam feito pelos profissionais responsáveis, conforme tem sido feito, por exemplo, na rede estadual de ensino, não só em Pirambu, como em todo Sergipe.
A falta de autonomia, de liberdade, de democracia, de vontade no amanhã, tem sido um entrave para a construção de uma escola nos moldes que sonhamos, acreditamos e, com muita resistência, iremos construir, não deixando, naturalmente, de admitir que erros temos cometidos, e que precisamos, de forma fraterna, corrigi-los coletivamente, aprendendo uns com os outros. Com relação a isso temos a humildade e a compreensão necessária, afinal, somos parte desta engrenagem e complexidade que é a escola pública que historicamente temos tentado estimular.
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* Claudomir Tavares (39) é professor de História, Filosofia e Cultura Sergipana no Colégio Estadual José Amaral Lemos e de História, Sociedade e Cultura Sergipana na Escola Municipal Mário Trindade Cruz.
* Claudomir Tavares (39) é professor de História, Filosofia e Cultura Sergipana no Colégio Estadual José Amaral Lemos e de História, Sociedade e Cultura Sergipana na Escola Municipal Mário Trindade Cruz.
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