sábado, 26 de abril de 2008

Avança negociações entre professores e prefeitura de Pirambu




Audiência da última terça-feira foi respeitosa, diferente do clima conflitante verificado desde fevereiro
Por Claudomir Tavares
claudomir@infonet.com.br





















Só através da luta, a classe trabalhadora alcançará conquistas. Os professores da rede municipal de Pirambu tomaram esta consciência no final de 2006 quando iniciaram o processo de mobilização que passou pelas reuniões, curso de formação e assembléia de instalação do SINTESE em maio de 2007.

















A partir daí, foram audiências no Ministério Público, com a secretaria de educação, com a equipe de intervenção, realização de acampamento e caminhada do silêncio ensurdecedor. Este ano, após todo um processo de luta, os professores lançaram mão do instrumento da greve, última etapa no cronograma das lutas sindicais, só utilizada quando são esgotadas todos os canais de negociação.

















Os professores de Pirambu, depois de lesados pela administração Juarez Batista e ‘comer o pão que o diabo amassou’ com a intervenção, entraram em campanha salarial no mês de fevereiro, uma vez que a data base da categoria é o mês de maio. A categoria não escolhe o prefeito, mas as estratégias de lutas necessárias para reivindicar direitos inalienáveis.
















Nova etapa de luta
















Foi assim que em Assembléia Geral realizada no dia 10 de abril, o magistério municipal de Pirambu definiu pela greve de três dias, realizada nos dias 16, 17 e 18. No primeiro dia os professores se reuniram na Câmara Municipal, para em seguida seguir as escolas da sede e povoados na Caravana da Conscientização, atraindo a adesão de praticamente 100 % da categoria, incluindo aí professores, secretários, coordenadores de escolas, nua prova inequívoca da sensibilização da categoria diante da gravidade da situação por que passa a educação e o magistério em Pirambu, diante de uma defasagem de mais de 10 anos no Plano de Carreira e Estatuto do magistério e de 6 anos sem um centavo de aumento, diminuído graças ao presente de grego enviado pela equipe interventora, de triste memória.
















Avanços obtidos
















A utilização do expediente da greve se deu diante da insensibilidade da administração municipal, que se negava a receber a comissão de negociação, quando recebia alegava dificuldades insustentáveis e em outras ocasiões demonstrava um tom irônico. Após a realização da greve e diante do respaldo obtido pelos professores junto à totalidade dos alunos e pais de alunos, a administração municipal mudou de estratégia e ao receber a omissão na última terça-feira, 22, mostrou-se receptiva, disposta a não só dialogar, como também negocia, se comprometendo em apresentar até o próximo dia 29, uma contra-proposta aos líderes sindicais.
















Sensibilidade
















A professora Sônia Santos, secretária municipal de educação, que não vinha contribuindo para fazer avançar as negociações, se comportou de forma exemplar, ao disponibilizar documentos, informações e se comprometendo em instrumentalizar os sindicalistas para manter um canal permanente de negociação. Esta posição de Sônia já era sinalizada pela Secretária de Finanças, senhora Aline Batista, que durante todo o tempo foi bastante sensível ao pleito da categoria. Ponto para a administração municipal que se reencontra com o caminho do diálogo. Então vamos aguardar a próxima terça-feira.
















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* Professor da Sociedade & Cultura Sergipana da Escola Municipal Mário Trindade Cruz

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