domingo, 27 de maio de 2007

Assembléia histórica instala SINTESE definitivamente em Pirambu


Professores de Pirambu mostram disposição de luta

Após 03 (três) meses de incansável luta e de organização do movimento por melhores condições de trabalho e de vida, os professores de Pirambu estarão realizando sua primeira Assembléia Geral nesta segunda-feira, dia 28 de maio, a partir das 14 horas, no Clubinho da Tartaruga.

Na ocasião os profissionais do magistério público municipal, cuja disposição de luta impressiona, estarão elegendo o Delegado e Suplente junto a Direção Executiva do SINTESE, a Comissão de Negociação composta por 7 representantes e um Delegado e Suplente que representarão os professores no Conselho do Fundeb.

Comissão de Negociação

Já há uma unanimidade em torno dos nomes, escolhido a partir de um processo amplo, democrático e com o envolvimento de várias instâncias de organização da categoria, mas mesmo assim a relação será submetida democraticamente a Assembléia Geral, a quem cabe decidir em última instância.

Os nomes escolhidos num processo de unidade aclamativa são:

1. Agnaldo dos Santos Silva – Delegado junto ao SINTESE
2. Maria Solene Dantas – Suplente junto ao SINTESE

Demais membros:

3. Acácia Dias da Cruz
4. Antônio dos Santos Moura
5. Claudomir Tavares da Silva
6. Diógenes Almeida da Silva
7. Maria Valdelice Biriba dos Santos

Conselho Municipal do Fundeb (Fundo de manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico):

1. Diógenes Almeida da Silva – Delegado
2. Maria Valdelice Biriba dos Santos – Suplente

Bandeiras de lutas – Os professores de Pirambu estão dispostos a encampar as seguintes bandeiras de lutas entre outras que serão construídas como fruto de sua luta que está apenas se iniciando:

1. Revisão Salarial, cujos proventos estão defasados há cinco anos quando foi concedido o último reajuste. Atualmente o município de Pirambu recebe mensalmente algo em torno de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), oscilando sempre neste patamar, o que justifica um reajuste de pelo menos 60% sobre o vencimento básico que hoje é de R$ 574,77 (quinhentos e setenta e quatro reais e setenta e sete centavos) para um profissional de Nível Superior. A rede estadual paga a este mesmo profissional R$ 700,08 (setecentos reais e oito centavos) e a categoria reivindica um reajuste de 31%.
2. Revisão do Plano de Cargos e Salários e do Estatuto dos Magistério, extremamente defasados e que nunca atenderam aos interesses da categoria;
3. Repasses das sobras do Fundef, às quais a administração municipal reteve e não redistribuiu ao longo dos últimos cinco anos (o município deve repassar pelo menos 60% dos atuais R$ 200 mil para remuneração do magistério e as sobras mensais – que tem ocorrido – devem, forçosamente, repassar anualmente para a categoria, o que não tem sido);
4. Revisão das férias, uma vez que os profissionais do ensino recebem apenas uma vez por ano, quando a rede estadual paga em julho e janeiro, o que é uma jurisprudência a ser reivindicada;
5. Ampliação da Regência de Classe dos atuais 25% para 50%, como tem ocorrido na rede estadual;
6. Revisão da Progressão Horizontal de Qüinqüênios para Triênios; e
7. Manutenção do Ensino Médio (Seriado e Normal) na Escola Municipal Mário Trindade Cruz, uma conquista da sociedade pirambuense, ameaçada pela política de desmantelo da educação patrocinada pela administração municipal, que quer repassar esta responsabilidade para a rede estadual.

Dossiê – A Comissão Representativa dos Professores da Rede Municipal, que a partir de segunda-feira tem força de sindicato de fato e de direito, encaminhou no dia 15 de maio um Dossiê (que será alimentado periodicamente) ao promotor da Comarca de Pirambu, Dr. Nylzir Soares, relatando todos os passos seguidos pela categoria e sua relação com o poder público municipal (prefeitura e câmara). Periodicamente os líderes sindicais dos professores tem mantido encontros oficiais com o Ministério Público que tem sido assim um parceiro das lutas sociais e das ações de cidadania em nosso município.

“Esta Assembléia é a ponta do iceberg que tem caracterizado as nossas lutas. Elas nos dão legitimidades no campo do direito, uma vez que de fato o movimento já é uma referência em Sergipe, pelo caráter e combatividade dos colegas”, prevê o professor Agnaldo Santos Silva, um dos líderes do movimento.
Por Tribuna da Praia em www.tribunadapraia.com

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